NOVOS SATÉLITES - REVOLUÇÃO OU MERA CONTINUAÇÃO?
Conforme prometido em meu post anterior sobre os novos canais HD de 2014 (que você confere clicando aqui),
vou falar hoje um pouco mais sobre os novos satélites das grandes
operadoras e qual impacto esperamos sentir quando todos estiverem no ar
(ou no vácuo literalmente).
O Exemplo da OI TV
Se você leitor já conhece meus posts, ao
ler o título deste já soube a minha reposta para a pergunta que
formulei. Sim, só consigo ver neste momento a estreia de novos satélites
como uma continuação de tudo que temos hoje, e nem de longe espero uma
revolução. Se pegarmos a OI TV e seu SES-6 como exemplo, o que vimos foi quase que unicamente apenas a disponibilização de canais que já existiam no país, mas que não tinham um espaço nas grandes para estrear.
Explicando melhor, enquanto no Amazonas a
OI TV operava com cerca de 37 canais em HD (ou pouco um pouco menos não
me recordo), e afiliadas da Globo e outras gigantes em SD, com o novo
satélite houve espaço de sobra para aumentar esses números e trazer de
forma inédita várias afiliadas em alta definição, dispensando o módulo
de TV aberta, por exemplo.
Mas não houve de fato um revolução. Os
canais HD podem até ter dobrado em número, mas nenhum foi uma novidade
motivada pelo novo satélite, simplesmente o que já existia e não tinha
espaço agora estreou.
Os novos satélites da Claro TV e SKY Brasil
Assim que em 2015 e 2016 as operadoras
Claro TV e SKY Brasil respectivamente estrearem seus novos satélites,
deveremos ter apenas um alinhamento das grades de canais, pois ambas já
estarão muito atrás da NET e OI TV em número de canais HD. Com as grades
parecidas, aí sim poderemos esperar quem sabe por criatividade, pois o
simples argumento de “maior variedade de canais” vai praticamente
acabar, e hoje a exclusividade quase não existe mais no setor.
As expectativas
O ponto que me deixa mais apreensivo com
os novos satélites é a possibilidade das programadoras motivarem-se
para criar novos canais EFETIVAMENTE, ou ainda trazerem novidades de
sucesso de outros países. Nesse momento como todas as gigantes teriam
espaço e flexibilidade para incluir mais canais, a insegurança em inovar
iria diminuir.
Digo que estou apreensivo com isso pelo
fato de que as negociações envolvem muitas outras coisas, e talvez as
operadoras por aqui não entendam que o perfil do brasileiro é para uma
grade com mais de 200 canais, como ocorre lá fora. Aí os novos satélites
não teriam como principal papel dar espaço para novos canais, e sim
para novas e boas ideias… será?
Novos satélites = novos serviços?
Não posso afirmar de primeira que
acredito que teremos tão cedo novos e revolucionários serviços
utilizando satélites. Há muitos anos eu acreditava que a Internet via
satélite com download e upload seria viável e uma realidade, e que todos
os receptores teriam funções on demand e de interatividade baseadas
nesse serviço, sem necessidade de nenhum equipamento extra.
Pois isso não aconteceu e a tecnologia
via satélite utilizada em TVs não evoluiu tanto assim. Tanto que apenas
as operadoras via cabo, como a NET e seu Now, aproveitam da rede mundial
de computadores para expandir e muito suas possibilidades.
Mas mesmo que os novos satélites não
possuam o poder tecnológico para reinventar o setor, vamos ser otimistas
e pensar que são no mínimo necessários. Operadoras como a Claro e a SKY
encontram-se com seus equipamentos atuais saturados e deixam os seus
assinantes por fora das novidades no mercado.
De nossa parte fica a torcida para que
todas as operadora tenham grades competitivas, com seus exclusivos mas
principalmente buscando melhorar o custo benefício para o consumidor,
que ainda sofre muito com pacotes ruins e preços salgados por aqui.
FONTE -EXORBEO.
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